Eu sou fanática pelos anos 80. Amo as roupas, os penteados, os objetos, os jogos e claro, as músicas e os filmes. Voltei a vivenciar mais coisas da época quando acompanhei Stranger Things e quando resolvi assistir novamente vários filmes nostálgicos.
Passeando pelo catálogo de estreias da Netflix nos últimos meses, uma foto de divulgação me chamou muito a atenção, era do filme Sing Street. Me interessei pela sinopse e pelo formato do filme, principalmente porque a história se passa nos anos 80 e traz um monte de músicas legais da década, então resolvi assistir naquela hora mesmo.
Sing Street: Música e Sonho
O filme é um drama/comédia da Netflix, de 2016, dirigido por John Carney, que já possui 3 filmes musicais em sua carreira e nos proporciona uma mistura gostosa e canções icônicas da década de 80 e também faixas da banda de mesmo nome do filme, feitas exclusivamente para o longa.
A história se passa em Dublin, Irlanda, na segunda metade dos anos 80, auge do pop-rock mundial e de bandas simbólicas como Duran Duran, The Cure, A-Ha, The Jam, entre outras tantas que fizeram da década uma das melhores da história musical. E mostra um momento de crise para as famílias irlandesas, quando muitos jovens pensavam em partir para Londres, em busca de oportunidades melhores, caso da família de Conor (Ferdia Walsh-Peelo), um estudante de 15 anos que se encontra na necessidade de trocar sua escola jesuíta de alto padrão, por um colégio cristão com péssima reputação, onde o garoto começa a sofrer bulling dos valentões.
Conor começa a enxergar as coisas de outra forma quando vê Raphina (Lucy Boynton), uma garota linda e um ano mais velha, que vive em um lar para garotas e sonha em ser modelo na cidade de Londres.
Tentando se aproximar mais de Raphina, o garoto a convida para estrelar um videoclipe de sua banda, que até então não existia. Assim, junto com seu amigo Darren (Ben Carolan), Conor recruta jovens músicos e surge a Sing Street.
Através das conversas com seu irmão Brendan (Jack Reynor) e influenciado pelas bandas que ele lhe apresenta e pelo seu amor por Raphina, o jovem front man cria a primeira canção e consegue gravar o videoclipe.
A cada nova banda ou canção que os jovens integrantes da Sing Street conhecem, seu visual e sua música se transforma e, através dessa passagem, a história mostra o amadurecimento dos garotos e a força de sua amizade.
Raphina também se mostra encantada com tudo o que Conor criou por conta de sua paixão, ela é sempre a primeira a ouvir as canções em fita cassete que ele faz questão de levar a ela e acaba se deixando conquistar.
O filme mostra o quanto a música é capaz de mudar a vida das pessoas e também ser uma espécie de cura para diversos problemas. Todas as canções da banda são de composição do diretor e interpretadas pelos atores e realmente parece que saíram de um vinil dos anos 80.
Me encantei pela fotografia da obra, com cores meio desbotadas e cenários que nos levam diretamente à Europa oitentista e parece que tudo foi rodado naquela época, o misto de humor bobo e drama adolescente, nos são mostrado como eram retratados em filmes clássicos da década de 80 e, se ele passasse na Sessão da Tarde, você dificilmente perceberia que é um longa do ano passado!
Com certeza, o que tornou esse filme um queridinho pra mim, pela forma como aborda a música e traz canções e bandas que eu adoro. A primeira música já é “Stay Clean”, do Motorhead, uma das minhas bandas preferidas da vida, seguida por outras como, “Rio”, do Duran Duran e “Inbetween Days”, do The Cure, além das próprias canções da banda Sing Street, que são super gostosinhas de ouvir. Tem uma playlist completa do filme no Spotify, que eu deixei rolando pra me inspirar enquanto escrevia este post:
O filme é realmente ótimo e tem até indicação ao Oscar, se você gosta de música boa e admira os anos 80, não vai se arrepender de assistir.